
Donnie Darko
Richard Kelly
Gostaria de descrever um sentimento. Mas não sei nem como começar. Simples, porque não sei nem qual é o sentimento em questão.
Simples?
Na minha estada em Belém visitei um lugar. Não descreverei o recinto pra não tornar óbvio. Mas também não preciso que você adivinhe qual é, mesmo porque até quem esteve por lá pode não ter visto, ou pelo menos não como eu o vi.
Uma porta, uma calma interior, cheiro de santidade, imponência de santuário, musicalidade do silêncio. O piano, ah o piano que me causou tanto querer. “não toque no piano jamais”. Quem disse que as regras foram feitas pra serem respeitadas? Mais tarde explico.
Encontra-se num espaço de arte, mas... Onde está a arte nisso?
Olhe para frente, nada de mais para um espaço como aquele, sim, fogo, o fogo da fé.
Um pouco mais pra cima.
AH!
Ah... Um misto de nojo, uma ardência, estupefato, calado, observo, e a aura de santidade cai, mas não por inteiro, fica ali próximo ao chão, querendo ir embora. Não, ainda não. Recolho-me ao meu universo particular, dali não saio.
O horror onde encontro o belo.
Intriga-me até agora.
Daí meu fascínio por aquele ambiente. Intrigar-me. Gosto muito. Gosto mais ainda de encontrar “meu belo” diante do caos.
E o piano, o que faz ali? Por que um piano mudo numa cena dessa?
Aqui uma nota. Infrinjo as regras e sai um MI, cego, pela rapidez de enfiar meus dedos por debaixo da tampa. A nota mais tenebrosa da minha vida, mas a mais cheia de emoção. Invadiu o local, transformou-o em algo ainda mais celeste e mais horroroso. Aquele som grave que ecoa pelo pé direito 10 vezes maior que eu. Não quer parar de ressoar. E a cena a cada centésimo de segundo fica diferente. Meu coração já está quase na beira dos 150.
“acalme-se rapaz. Vamos sair daqui”
Qual sentimento? Não sei. Mas foi um muito interessante que acho que jamais sentirei igual.
Simples?
Na minha estada em Belém visitei um lugar. Não descreverei o recinto pra não tornar óbvio. Mas também não preciso que você adivinhe qual é, mesmo porque até quem esteve por lá pode não ter visto, ou pelo menos não como eu o vi.
Uma porta, uma calma interior, cheiro de santidade, imponência de santuário, musicalidade do silêncio. O piano, ah o piano que me causou tanto querer. “não toque no piano jamais”. Quem disse que as regras foram feitas pra serem respeitadas? Mais tarde explico.
Encontra-se num espaço de arte, mas... Onde está a arte nisso?
Olhe para frente, nada de mais para um espaço como aquele, sim, fogo, o fogo da fé.
Um pouco mais pra cima.
AH!
Ah... Um misto de nojo, uma ardência, estupefato, calado, observo, e a aura de santidade cai, mas não por inteiro, fica ali próximo ao chão, querendo ir embora. Não, ainda não. Recolho-me ao meu universo particular, dali não saio.
O horror onde encontro o belo.
Intriga-me até agora.
Daí meu fascínio por aquele ambiente. Intrigar-me. Gosto muito. Gosto mais ainda de encontrar “meu belo” diante do caos.
E o piano, o que faz ali? Por que um piano mudo numa cena dessa?
Aqui uma nota. Infrinjo as regras e sai um MI, cego, pela rapidez de enfiar meus dedos por debaixo da tampa. A nota mais tenebrosa da minha vida, mas a mais cheia de emoção. Invadiu o local, transformou-o em algo ainda mais celeste e mais horroroso. Aquele som grave que ecoa pelo pé direito 10 vezes maior que eu. Não quer parar de ressoar. E a cena a cada centésimo de segundo fica diferente. Meu coração já está quase na beira dos 150.
“acalme-se rapaz. Vamos sair daqui”
Qual sentimento? Não sei. Mas foi um muito interessante que acho que jamais sentirei igual.
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